Os militares que
compõem a Força Nacional ameaçam paralisar e não fazer a segurança durante as
olimpíadas Rio 2016. Militares dizem que podem abandonar a segurança do evento.
Descontentes com a escala de serviço, atrasos nos pagamentos, os
militares reclamam ainda da falta de atenção, e dizem que “para não ser uma
crítica vazia, apontamos alguns pedidos: Diárias majoradas no mínimo no período
das olimpíadas e paraolimpíadas. Escala 12/24 e 12/48. Nos dêem o mínimo e
terão o nosso máximo! A segurança está comprometida”, diz um membro da
corporação.
As informações divulgadas aqui, estão sendo passadas
instantaneamente para a redação do FAXAJU, por integrantes do movimento que
acontece neste momento.
Veja a nota o que diz a nota assinada pelo TC do Rio Grande do
Sul:
" Olá, senhoras e senhores FNs! Estamos em dias difíceis!
Viemos para cumprir uma missão de nível mundial, saímos de nossas casas, de
nossos lares e toda a nossa família sente nossa falta, mas também orgulho
de estarmos trabalhando nas olimpíadas. Talvez isso seja a única coisa
que nos motive a trabalhar, porque assumimos um compromisso e todos que nos
conhecem querem nosso sucesso e para não decepcionar todas as pessoas
envolvidas nisso é que não fomos embora ainda. Acontece que o limite já chegou,
e isso não está mais nos sustentando nem financeiramente, nem
psicologicamente, nem fisicamente. Vejo a cada dia os militares indo trabalhar
já pensando em uma maneira de descansar, de sentar, de dormir, percebo
militares que tem como característica a vibração, falarem baixinho. Vejo
policiais pedindo dinheiro emprestado para se manter, enfim, já não é mais uma
questão de motivação, todo dia correm informações furadas e nada de concreto.
As diárias nos motivam, mas não nos seguram, não nos sustentam e não nos fazem agüentar
mais que o nosso limite mental e físico. Quem faz a força nacional existir
somos nós, quem faz a missão dar certo ou errado somos nós, e o que me preocupa
não é só receber ou não, diárias dobrada ou não, o que me preocupa é a dimensão
que isso está tomando, nenhum homem vai tirar um bom serviço desmotivado porque
não recebe, cansado porque a escala está 20 por 16, sim 20 horas de serviço
contando a prontidão e o deslocamento, 16 de folga para dormir, descansar e
retornar ao rebanho. Estão esquecendo que somos seres humanos e falhos e
estão contribuindo com essa possibilidade. A moral está baixa e pode
custar caro!
O êxito da missão está em jogo, infelizmente, hoje somos homens
com prejuízos físicos e mentais. Não vão tirar um bom serviço e isso pode
acarretar no êxito ou não da missão!
Os policiais estão se esgotando e em conseqüência, desmotivados,
displicentes, desatentos, coisas que não passariam despercebidas, estão
começando a passar, propício para alguém de má intenção se aproveitar.
Estão dando pouca importância para quem faz acontecer, para quem
faz realmente a diferença, e isso pode parar na Comissão Interamericana dos
Direitos Humanas, como uma exploração estatal, pois exploram a
necessidade de cada um de estar aqui, por nos remunerar, não dá o direito de
nos escravizar.
Para não ser uma crítica vazia, apontamos alguns pedidos:
Diárias majoradas no mínimo no período das olimpíadas e
paraolimpíadas.
Escala 12/24 e 12/48.
Nos dêem o mínimo e terão o nosso máximo!
A segurança está comprometida !!
Essa nota foi emitida e enviada para a redação do FAXAJU, por um
grupo de militares que, descontentes resolveram entregar a pauta de
reivindicações ao tenente coronel Andrade, comandante da “operação Rio 2016”.
Por: Munir Darrage
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